O meu silêncio
Tenho andado muito calada. Não desisti do blog, nem tenciono fazê-lo, com tanta solidariedade que encontrei da parte de artesãs que, como eu, amam os gatos.
A razão do meu afastamento momentâneo, mas prolongada, deveu-se à doença e eutanásia do meu querido Felv pessoal, o doce e tímido Félix, com apenas 4 anos de idade.
Este gatinho tinha sido abandonado com mais duas irmãs fechados dentro duma caixa de cartão à porta da União Zoófila no verão de 2002. Isto é uma coisa muito frequente, sobretudo nessa época do ano.
Como ele era o mais bonito dos três, foi enviado para uma das nossas campanhas de adopção num supermercado - foi assim que o conheci. Imaginem o tormento para um gatinho que tinha passado pelo trauma do abandono e fechado numa caixa, estar fechado numa jaula um dia inteiro, no meio de um ruído incrível de música, gritos de crianças, vozes excitadas. Havia dedos que queriam tocar-lhe através das grades, pessoas que queriam vê-lo fora da jaula. Ao fim do dia foi adoptado por uma senhora de boa vontade, mas que o colocou logo junto com uma cadela Labrador simpatiquíssima... O pobre do Félix passou assim 3 dias escondido atrás da sanita, sem comer nem beber, com medo da cadela, que só queria brincar.
Então, quando soube que esta senhora ia devolvê-lo à U.Z., resolvi adoptá-lo. Para quem não sabe, tenho o privilégio de partilhar a casa com outro gato da U.Z., o gordo Guilherminho, que é um autêntico diplomata. Ele dá logo as boas vindas, tanto a humanos como a todos os 4 patas que cheguem. Resolveu ser ele o pai-adoptivo do Félix.
Abreviando, o Félixito demorou a perder os medos e entretanto contraiu o Felv (devido a ter dado sangue a outro gato, o que correu mal...). Lutámos os dois contra o maldito vírus, até que
lhe apareceu primeiro um tumor maligno no pénis, que foi retirado, e em seguida outro tumor no lábio inferior e queixo. Tive que decidir-me pela eutanásia: na última 3ª feira, 18 de Julho.
Nunca esquecerei o Félixito, como não esqueço o Pompom (outro Felv meu antes do Félix), nem os Felvinhos da U.Z. que nos têm deixado cheias de saudades: Lucky, Misolinha, Jeremias, Siddharta e sobretudo o Jerry... Descansem em paz, meus lindos.
10 Comments:
que pena.. não há nenhuma vacina? é sempre triste lutar contra uma doença e perder a batalha :(
Há vacina, sim, mas nada na vida é 100% seguro, menos ainda em medicina humana e em veterinária...
Neste aspecto há vantagem em relação ao FIV, para o qual não existe vacina.
Aconselho toda a gente a vacinar os seus gatos também contra FELV, mesmo se em princípio os gatos nunca sairem de casa. É que nunca se sabe as voltas que a vida dá - um gato pode sair de casa, e apanhar o Felv na rua, mesmo só numa pequena escapadela.
Sinto muito pela tua perda...
Um abraço para ti, Amiga...
Eu sei o k é esse sofrimento infelizmente, não passei pela eutanásia, mas o meu morreu de cancro com 9 anos e com 4 operações, morreu no meu colo, gritando como uma criança, veio do veterinário de lhe colocarem soro, e parece que vinha para morrer junto a mim, pois n esteve mais de 5 minutos vivo, depois de ter entrado em casa, desculpa o desabafo, deculpa. Entendo te tão bem, coragem.
Infelizmente o Felix juntou-se aos outros meninos felvinhos que perderam a batalha com o maldito virus :( mas ao menos o teu teve todo o amor e cuidados que poderia ter, contigo sempre a seu lado.
um grande beijinho Eli
Lamento muito a tua perda. Sei o q é perder um amigo destes-já perdi dois, não por doença, mas desapareceram lá de casa. Nuca soubemos o q lhes aconteceu e acho q foi isso q doeu ainda mais.
Beijitos
Infelizmente tambem sei o que sentes, depois de quase 2 anos em operações para tirar tumores.
Dia sim dia não no vet. devido a outras complicações que vão surgindo acabou, o meu nhau morreu nos meus braços depois de uma ultima ida desesperada ao veterinário.
passaram 9 meses ainda choro ao escrever isto.
bjs
xana
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